REGISTRANDO A PASSAGEM DO TEMPO
Muito antes de o céu ser um lugar cheio de planetas, galáxias e buracos negros, ele era o reino de deuses e maus agouros. O barulho de um trovão podia ser sinal de irritação do Todo-Poderoso; a passagem de um cometa era prenúncio de desgraça. Pelo menos, muitos de nossos ancestrais assim o viam.
Mas a função mais importante do céu era ser um relógio natural. Muito tempo antes do advento de relógios, computadores e telefones celulares, nossos antepassados perceberam que o céu tinha seu próprio ritmo natural. Notaram que o Sol aparecia e desaparecia ao longo de um período que passaram a chamar dia.
Então, reuniram sete desses dias e formaram o que conhecemos como semana, cada um desses dias recebendo o nome dos sete corpos celestes que eles viam apresentar um comportamento diferente do que observavam nas estrelas.
Notaram também que a Lua mudava de aparência, aumentando e diminuindo de tamanho em sua travessia de fases, passando do estado de uma minguada meia-lua para o de uma esplêndida Lua cheia e depois repetindo o ciclo. Viram que essa mudança de formas levava quase 30 dias, período que eles chamaram “moonth”.* O Sol perfaz também um ciclo, só que muito maior. Nascendo no Leste pela manhã e pondo-se no Oeste no fim da tarde, ele alcança o pico de sua diária escalada celeste ao meio-dia. No entanto, sua altitude acima do solo ao meio-dia nem sempre é a mesma. Observe seu movimento durante muitos meses, e você verá que o Sol desenha no céu um oito chamado “analema”. No tempo em que leva para completar esse ciclo, o Sol nasce 365 vezes. Os antigos chamavam esse ciclo de ano. Esse período foi dividido em quatro estações, cada uma com suas características climáticas bem definidas. Afinal, viam que o inverno, a primavera, o verão e o outono se repetiam no mesmo período de tempo que o analema solar levava para ser traçado no céu.
Mas a função mais importante do céu era ser um relógio natural. Muito tempo antes do advento de relógios, computadores e telefones celulares, nossos antepassados perceberam que o céu tinha seu próprio ritmo natural. Notaram que o Sol aparecia e desaparecia ao longo de um período que passaram a chamar dia.
Então, reuniram sete desses dias e formaram o que conhecemos como semana, cada um desses dias recebendo o nome dos sete corpos celestes que eles viam apresentar um comportamento diferente do que observavam nas estrelas.
Notaram também que a Lua mudava de aparência, aumentando e diminuindo de tamanho em sua travessia de fases, passando do estado de uma minguada meia-lua para o de uma esplêndida Lua cheia e depois repetindo o ciclo. Viram que essa mudança de formas levava quase 30 dias, período que eles chamaram “moonth”.* O Sol perfaz também um ciclo, só que muito maior. Nascendo no Leste pela manhã e pondo-se no Oeste no fim da tarde, ele alcança o pico de sua diária escalada celeste ao meio-dia. No entanto, sua altitude acima do solo ao meio-dia nem sempre é a mesma. Observe seu movimento durante muitos meses, e você verá que o Sol desenha no céu um oito chamado “analema”. No tempo em que leva para completar esse ciclo, o Sol nasce 365 vezes. Os antigos chamavam esse ciclo de ano. Esse período foi dividido em quatro estações, cada uma com suas características climáticas bem definidas. Afinal, viam que o inverno, a primavera, o verão e o outono se repetiam no mesmo período de tempo que o analema solar levava para ser traçado no céu.
Analema registrado durante um ano sobre o monumento Stonehenge.
Já por volta de 10.000 anos atrás, construíamos relógios enormes para acompanhar os ritmos naturais do céu. Em 2004, uma equipe de arqueólogos descobriu, na Escócia, um sítio arqueológico da Idade da Pedra, cujas origens remontam a essa época. Mais ou menos em 2013, eles tinham descoberto por que o artefato havia sido construído. Os arquitetos da obra cavaram 12 buracos ao longo de um arco com 50 metros de extensão — um para cada ciclo dos 12 ciclos lunares completos, que normalmente ocorrem em um ano (às vezes, pode haver 13 luas cheias em um ano se a primeira delas ocorrer no início de janeiro).
Cinco mil anos depois, construtores iniciaram os trabalhos no imenso santuário de pedra circular de Stonehenge, em Salisbury Plain, Inglaterra. Em pé no interior do círculo, a pessoa consegue ver o Sol nascer logo acima de uma das pedras — a pedra do calcanhar —, no dia em que ele alcança a parte superior do analema (o solstício de verão).
Hoje, em plena era digital, costumamos cuidar dos assuntos da nossa vida moderna e agitada alheios aos ritmos do céu. Mas, para as civilizações antigas, era a única forma de medir o tempo, embora seus extensos estudos dos movimentos do Sol e das estrelas formem a base conceitual em que organizamos nosso cotidiano nos dias atuais.
Cinco mil anos depois, construtores iniciaram os trabalhos no imenso santuário de pedra circular de Stonehenge, em Salisbury Plain, Inglaterra. Em pé no interior do círculo, a pessoa consegue ver o Sol nascer logo acima de uma das pedras — a pedra do calcanhar —, no dia em que ele alcança a parte superior do analema (o solstício de verão).
Hoje, em plena era digital, costumamos cuidar dos assuntos da nossa vida moderna e agitada alheios aos ritmos do céu. Mas, para as civilizações antigas, era a única forma de medir o tempo, embora seus extensos estudos dos movimentos do Sol e das estrelas formem a base conceitual em que organizamos nosso cotidiano nos dias atuais.
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